Espetáculo

Outro Dances fecha trilogia com estreia de Animal noturno

Obra de dança contemporânea reflete a pandemia ao evidenciar o corpo selvagem em condição de clausura e sufocamento

Divulgação - DP - A pandemia influenciou diretamente essa nova criação do grupo

Dirigida pela coreógrafa, bailarina e professora Alexandra Dias, estreia nesta quinta-feira (8) a nova obra da Cia Outro Dances. Animal noturno fecha a trilogia de investigação antropofágica no corpo dançante da companhia iniciada com o solo Bitch, seguida por Cães, que estreou mês passado e ainda está com temporada em andamento. O espetáculo de dança contemporânea parte de uma pesquisa de movimento que evidencia um corpo selvagem-animal na condição de clausura e sufocamento. A apresentação ocorrerá no auditório 2 do Centro de Artes da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), às 19h30min. A entrada é gratuita, porém o público deverá reservar o ingresso com antecedência pelo link: https://bit.ly/3HoDIUO.


A pandemia influenciou diretamente essa nova criação do grupo confirma a diretora Alexandra Dias, doutora em dança pela University of Roehampton e professora da licenciatura em Dança da UFPel. "A gente trabalha o corpo pós-pandêmico. Como pensar o corpo selvagem, que é esse corpo antropofágico nessa situação de clausura, sem ar", diz. Desta forma, as coreografias mergulham num contraste entre um corpo animal selvagem que ao mesmo tempo se revela em agonia e dispneia.

Alexandra conta que o ponto de partida foi pesquisar a corporeidade pós-pandêmica, explorando fatos que marcam a memória de quem viveu a pandemia de Covid-19, mesmo de quem não tenha contraído o vírus, como a dificuldade de respirar, o isolamento e a necessidade da ausência de toque. "A imagem de um pulmão também foi importante para criarmos os elementos os elementos do trabalho. Por isso temos no cenário uma espécie de pulmão enorme, feito de lona preta e que vai ser inflado durante a performance", antecipa.

O título do espetáculo, explica a diretora faz uma relação com o animal que se adapta à escuridão, que se põe à espreita, que caça à noite. "Assim como aconteceu com os nossos corpos durante a pandemia, uma espécie de adaptação ao ambiente hostil", explica.

Diferentemente de Bicht, interpretado por uma dançarina, e Cães, só por homens, Animal noturno leva ao palco um elenco misto de 12 bailarinos. A proposta é que o espetáculo também tenha uma temporada de apresentações, assim como está acontecendo com Cães, que terá o último espetáculo dia 13 deste mês. A temporada de Animal noturno será em fevereiro, mas o grupo ainda não tem data ou local definidos.

O espetáculo está vinculado às ações promovidas pelo Projeto Unificado Antropofagias no Corpo e nas Artes da Cena sediado na UFPel e integrante das pesquisas do grupo Observatório de Memória, Educação, Gesto e Arte (Omega). Com o objetivo de tornar o trabalho mais acessível, a estreia de Animal noturno, além de ter entrada gratuita, contará com intérprete de Libras. O espetáculo tem classificação indicativa para maiores de 16 anos.

Serviço

O quê: estreia de Animal noturno

Quando: quinta-feira (8), às 19h30min

Onde: Auditório 2 do Centro de Artes da UFPel, rua Álvaro Chaves, 65

Ingresso: Entrada gratuita

Reserva antecipada de ingressos: https://bit.ly/3HoDIUO

Classificação indicativa: 16 anos

Siga no Instagram: @outrodances

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